sábado, 4 de junho de 2011

Carvão Mineral

                              1 CARVÃO MINERAL

                                              2         INTRODUÇÃO

O carvão mineral é formado por rochas sedimentares combustíveis e é encontrado em camadas no subsolo preta ou marrom. Encontra-se em sua composição principalmente carbono (C) , e relativamente enxofre (S), hidrogênio (H) , oxigênio (O), nitrogênio (N) e elementos não determinados. Estes é considerado extremamente puro se houver maior concentração de carbono (C) .
Da combustão do carvão mineral forma – se CO2, que é altamente tóxico . Existem quatro tipos diferentes desse carvão : Turfa, Hulha, Linhito e Antracito.
A principal utilização do carvão mineral é para energia elétrica , por ser considerado um minério abundante na natureza, sendo também uma fonte de energia não-renovável.

3         DESCOBERTA DO CARVÃO DE PEDRA

    A primeira descoberta do carvão mineral, provavelmente ocorreu na idade da pedra lascada.            
    Alguém um “homo sapiens” tentou queimar arbustos, folhas secas, e para proteger o fogo, cercou de pedras pretas, que se achavam soltas no chão da caverna. 
    Durante a queima dos arbustos, as pequenas pedras pretas mais próximas do fogo, começaram a derreter, soltando fumaça esbranquiçada e depois rolos de fumos marrons alaranjados. 
    Em poucos minutos, começaram as longas labaredas, desprendendo muito calor, mais forte do que o dos arbustos e por período bastante prolongado. 
    Para surpresa do “homem”, após tanta chama desprendida da pedra, ela própria começou a se tornar incandescente, sem pegar fogo, porem desprendida mais calor do que os arbustos, e por muito mais tempo. Pode ser uma fantasia, dedução ou ficção, porem bem que pode ter acontecido desse modo.
Ela própria começou a se tornar incandescente, sem pegar fogo, porem desprendida mais calor do que os arbustos, e por muito mais tempo. Pode ser uma fantasia, dedução ou ficção, porem bem que pode ter acontecido desse modo.




4         FORMAÇÃO DO CARVÃO


O carvão mineral foi formado pelos restos soterrados de plantas tropicais e subtropicais, especialmente durante períodos Cabonífero, Permiano.
As alterações climáticas registradas no mundo explicam por que o carvão ocorre em todos os continentes, mesmo na Antártida. Segundo a visão tradicional, os depósitos carboníferos se formaram de restos de plantas acumuladas em pântanos, que se decompuseram, fazendo surgir as camadas de turfa.
A elevação do nível das águas do mar ou o rebaixamento da terra provocaram o afundamento dessas camadas sob sedimentos marinhos, cujo peso comprimiu a turfa, transformando-a, sob elevadas temperaturas, em carvão. Apenas o carvão de cor marrom (linhitos) têm origem estritamente a partir de plantas.
Empregam-se, em geral, dois métodos para determinar a composição dos carvões: a "análise elementar", estabelece as porcentagens totais dos elementos presentes (carbonohidrogêniooxigênioenxofre e nitrogênio); e a "análise aproximada" fornece uma estimativa empírica das quantidades de umidade, cinza e materiais voláteis, e de carbono fixo. Os carvões classificam-se ou ordenam-se de acordo com o seu conteúdo de carbono fixo, cuja proporção aumenta à medida que o minério se forma. Em ordem ascendente, os principais tipos são: linhito, que se desgasta rapidamente, pode incendiar-se espontaneamente e tem baixo valor calorífico; é usado sobretudo na Alemanha e na Austrália; carvão sub-betuminoso, utilizado O carvão mineral é formado por rochas sedimentares combustíveis e é encontrado em camadas no subsolo preta ou marrom. Encontra-se em sua composição principalmente carbono (C) , e relativamente enxofre (S), hidrogênio (H) , oxigênio (O), nitrogênio (N) e elementos não determinados. Estes é considerado extremamente puro se houver maior concentração de carbono (C) .
Da combustão do carvão mineral forma – se CO2, que é altamente tóxico . Existem quatro tipos diferentes desse carvão : Turfa, Hulha, Linhito e Antracito.
A principal utilização do carvão mineral é para energia elétrica , por ser considerado um minério abundante na natureza, sendo também uma fonte de energia não-renovável.
A primeira descoberta do carvão mineral, provavelmente ocorreu na idade da pedra lascada.            
Alguém um “homo sappiens” tentou queimar arbustos, folhas secas, e para proteger o fogo, cercou de pedras pretas, que se achavam soltas no chão da caverna. 
Durante a queima dos arbustos, as pequenas pedras pretas mais próximas do fogo, começaram a derreter, soltando fumaça esbranquiçada e depois rolos de fumos marrons alaranjados. 
    Em poucos minutos, começaram as longas labaredas, desprendendo muito calor, mais forte do que o dos arbustos e por período bastante prolongado. 
Para surpresa do “homem”, após tanta chama desprendida da pedra, ela própria começou a se tornar incandescente, sem pegar fogo, porem desprendida mais calor do que os arbustos, e por muito mais tempo. Pode ser uma fantasia, dedução ou ficção, porem bem que pode ter acontecido desse modo.
Ela própria começou a se tornar incandescente, sem pegar fogo, porem desprendida mais calor do que os arbustos, e por muito mais tempo. Pode ser uma fantasia, dedução ou ficção, porem bem que pode ter acontecido desse modo.
O antracito é um carvão lustroso, de combustão lenta, excelente para uso doméstico principalmente em estações geradoras; carvão betuminoso, o tipo mais comum e que, transformado frequentemente em coque tem amplo emprego industrial; o antracito, um carvão lustroso, de combustão lenta, excelente para uso doméstico.

5         IDADE GEOLÓGICA DO CARVÃO

A idade geológica do carvão brasileiro oscila entre 230 e 280 milhões de anos, que segundo estudiosos do assunto, vem da era paleozóica – período carbonífero, que ainda pode ser dividido em duas classes: Mississipiana e Pelsilvaniana. Como a diferença entre os períodos é irrelevante, considerando que a terra tem quatro e meio bilhões de anos, desde a sua origem, pouco importa. 
O quadro abaixo mostra como ocorre a evolução da composição elementar, desde vegetais até o termo mais evoluído do carvão mineral que é o antracito, quase carbono puro: 

Tipo
% O2
% H2
% C
Celulose
49.4
6.2
44.4
Turfa
40.0
6.0
54 a 60
Linhito
25.0
5.0
65 a 75
Hulha
15.0
4.5
75 a 85
Antracito
3.0
2.0
95.0


6         TIPOS DE CARVÃO MINERAL


O carvão mineral é encontrado em quatro fases:

A Turfa  é a fase inicial do carvão, a qual consiste de camadas fracamente consolidadas de varias misturas de plantas e matéria mineral. A turfa se acumula em terras úmidas denominadas de “pântanos de turfa”. Os pântanos formadores da turfa precisam ter condições apropriadas para o acúmulo de turfa, tais como umidade abundante, um estável e lento afundamento da superfície e proteção contra forças de erosão rápidas tais como a ação de rios e de ondas do mar.
A hulha é composta de carbono, restos vegetais parcialmente conservados, elementos voláteis, detritos minerais e água. É empregada tanto como combustível quanto como redutor de óxidos de ferro e, graças a suas impurezas, na síntese de milhares de substâncias de uso industrial.
Carvão mineral com 80% de carbono é a hulha e abaixo de 80% ocorre o linhito e, acima, antracito.

7         RESERVAS MUNDIAIS

Praticamente 90% das reservas de carvão mineral, assim como das reservas de petróleo, encontram-se localizadas no hemisfério norte, bem como desertos, indicando que havia oceanos, onde atualmente quatro países detêm as maiores reservas: 
Rússia                        56.5%
Estados Unidos         19.5%
Ásia China                 9.5%  
Canadá                       7.8%
Europa                       5.0%  
África                         1.3%
Outros                        0.4%

Total                           100.0%
    As reservas prováveis, estão calculadas em 10.750 bilhões de toneladas equivalente acarvão, sendo que uma tonelada equivalente a carvão, se refere de 7.000 kcal/kg de PCS (Poder Calorífico Superior). 
    Muitos países em desenvolvimento, que tem reservas de carvão mineral, estão explorando para uso próprio ou para exportação, como a Colômbia, principalmente quando se trata de carvão siderúrgico.

8         PRODUÇÃO MUNDIAL

A produção mundial de carvão, pouco mudou, ainda em torno de 5 bilhões de toneladas/ano, sendo que 16 % das reservas conhecidas e oficialmente calculadas, serão consumidas até o ano 2000. 
O carvão não compete com as demais fontes de energia, só para ganhar o título de solução para a crise energética, porem se de repente todas as fontes de energia faltassem, o carvão sozinho daria para assegurar 150 anos de consumo, isso pelos métodos até então conhecidos. 
    Até o ano 2050, com modesto crescimento no consumo, ainda existirão reservas de petróleo, isso se não surgirem novas áreas, porem se não surgirem outras soluções será o carvão o combustível fóssil disponível, por isso engenheiros que só sabem lidar com o petróleo, estarão desempregados. 
Possivelmente, após o ano 2000, já terão sido adotados processos mais eficientes, de modo geral, as máquinas terão maior rendimento térmico, estarão em uso “células combustíveis”, queima para gases ionizados para MHD (Magneto-HidroDinamica), gaseificação, liquefação do carvão, ( a África do Sul já faz ), etc, de modo a aproveitar melhor as reservas remanescentes do século XX. 
O carvão será, sem dúvida, a última esperança, porem os técnicos deverão tomar decisões importantes, de como utilizar racionalmente, em relação ao desenvolvimento de cada país, considerando o meio ambiente e saúde do trabalhador na indústria carbonífera, onde o homem aos 50 anos, está com os pulmões forrados de carbono (carvão) pela Pneumoconiose, sem ânimo e sem força para trabalhar, o que significa, falta de equipamentos e métodos de proteção.

9         PRODUÇÃO E CONSUMO MUNDIAL

 A produção nacional de carvão, conforme dados divulgados no Balanço Energético de 1983, se situava em 21.5 milhões de toneladas, de carvão bruto (ROM), para obter pouco mais de 7 milhões de toneladas depois de beneficiado, (33%) para 1996, está previsto 8 milhões de toneladas, quase não aumentou. 
No sul do país, o carvão energético é consumido pelas termelétricas e pelas fábricas de cimento, até o Estado do Espírito Santo, alcançando 8 milhões de toneladas, que representa 33.3% do volume movimentado do subsolo até a superfície, significando que quase 67% é de rejeitos. 
A previsão de consumo para 1996 é de 20 milhões de toneladas, sendo na siderurgia 12 milhões, praticamente todo importado, cimento 2 milhões, termelétricas 4 milhões, papel e celulose ½ milhão e outros 1.5 milhões. 
Convém ressaltar experiências que vem sendo feitas, na área de gaseificação e na área de mistura com óleo combustível BPF, para consumo nas refinarias de petróleo. 

10    RESERVAS DO BRASIL


Temos instalados 12 entrepostos com capacidade de armazenar 8 milhões de toneladas de carvão mineral, sendo que o de Tubarão – SC, é para 6 milhões de toneladas e ocupa uma área de 120 hectares, o que nos dá uma idéia das  dificuldades para armazenamento e manuseio do carvão. As reservas brasileiras são compostas pelo carvão dos tipos linhito e sub-betuminoso. 
As principais reservas de carvão mineral estão situadas nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, em ordem decrescente, São Paulo é a menor. Em milhões de toneladas: 
Rio Grande do Sul                20.859
Santa Catarina                       1.941
Paraná                                    179
São Paulo                              10
Total                                      22.888
Ultimamente, com a descoberta da jazida da Santa Teresinha – RS, o CRPM registra reservas da ordem de 23 bilhões de toneladas, porém o Brasil importa anualmente 12 milhões de toneladas de carvão siderúrgico, afora o carvão vegetal usado na redução de ferro gusa, nas siderurgias. 

11    COMPOSIÇÃO DO CARVÃO DO BRASIL

 Até a crise energética mundial de 1972, o país não ligava para o nosso carvão, alegando ser de baixa qualidade, pelo teor de cinzas. Com a crise, estudos foram realizados surgindo a CAEEB, Companhia Auxiliar de Estudos Elétricos Brasileiros, que ficou encarregada de desenvolver o consumo do nosso carvão, com verbas do CNP, traçando inicialmente um programa de suprir as fábricas de cimento, decidiram levar o carvão somente até o porto de Espírito Santo. 
Composição:            
Carbono                     59.87%
Hidrogênio                3.78%
Oxigênio                    7.01%
Enxofre                      2.51%
Cinzas                        26.83% 
Total                           100% 
Comparação dos Carvões Latino-americanos:
 1º Chileno
2º Colombiano
3º Peruano    
4º Mexicano
5º Brasileiro  
Com base no PCI, função do teor de enxofre. 

12    GASEIFICAÇÃO DE CARVÃO MINERAL

O futuro do carvão nacional, vai depender da gaseificação, considerando o teor de cinzas (26%) e o de rejeito (67%) do carvão retirado da mina, que além de não ser aproveitado, é poluente. 
 A gaseificação baseia-se em princípios bem conhecidos, consistindo numa seqüência de transformação termo-químicas de qualquer matéria prima combustível, que tenha características adequadas. 
As reações básicas são :   
Ø     Secagem
Ø     Pirólise
Ø     Oxidação
Ø     Redução  
Como ocorrem as reações finais? 
1 – Exotérmica: C + O2     ------>     CO2 + 97.000 Kcal/kmol
2 – Endotérmica: CO2 + C  ------>    2 CO – 38.200 kcal/kmol
3 – Endotérmica: C + 2H2O    ------>   CO2 + 2H2 – 28200 kcal/kmol
4 – Exotérmica: C + 2H2   ------>        CH4 + 21.400 kcal/kmol 
O rendimento dos gaseificadores se determina:

Eficiência:  V . hg + Q  + S
                            B. PCI
 Sendo:
 V em Nm³ do gás produzido
hg em kcal/Nm³ do gás produzido
Q em kcal/Nm³ do calor reversível do gás
B em Kg do combustível utilizado
PCI em Kcal/Kg do combustível, poder calorífico inferior
S em Kcal/hora de calor latente dos subprodutos 

13    TIPOS DE GASEFICADORES

Os gaseificadores podem ser enquadrados em quatro tipos:

13.1  LEITO FIXO

É o leito de carvão suportado por grelha fixa, onde o carvão é alimentado por meios manuais e o ar entra por baixo da grelha.
Exemplo:
Gaseificador WELMAN que pode ser simples ou de duplo estágios (IGI)
com duas saídas de gás, uma ao nível da zona de destilação e outra
bem proxima ao topo na zona de secagem do vaso de pirólise.
Gaseificador LURGI, onde cada etapa do reator tem dispositivos de vedação separando herméticamente as seções, (alimentação, secagem, pirólise, lavagem, resíduos, cinzas, etc).

13.2  LEITO FLUIDIZADO

A gaseificação em leito fluidizado requer uma alimentação de ar pressurizado por baixo da tela, da câmara de combustão vertical, que suporta o leito de areia, outros tipos de leito, sendo que o carvão micro-pulverizado é alimentado por cima. 
Exemplo:
Gaseificador WINKLER, que também tem o cabeçote de alimentação na horizontal, porém é o oxigênio e o vapor que mantém o carvão moído em suspensão (fluidizado) em constante ebulição para controle da combustão. 

13.3  LEITO ARRASTADO

            É o leito de cavão pulverizado, com oxigênio e vapor, introduzido nos cabeçotes, queimando no gaseificador a 2000 ºC, que funde carvão e cinzas, sendo que parte escorre do gaseificador para o tanque d’água. A cinza restante sai pela chaminé.
Exemplo: 
            Gaseificador KOPPERS, cuja principal diferença está na alimentação do carvão, que está na horizontal e tem um recuperador de calor na saída do gás.

13.4  SAIS FUNDIDO

É num leito de Carbonato de Sódio a 1000 ºC ou Óxido de ferro a 1500 ºC , atuando como meio de fusão do catalizador das reações de gaseificação, para gás de baixo poder calorífico (1500 Kcal/Nm³) e de médio poder calorífico ( 3000 Kcal/Nm³). 
 O gás de baixo poder calorífico é mais usado para fins industriais, canalizado até 10 km, cujo gaseificante é ar e vapor d’água, fabricado pela Cia. Riograndense de Nitrogenados. 
 O gás de médio poder calorífico, tem aplicação mais ampla ( síntese de amônia, síntese de metanol) usa como gaseificante oxigênio e vapor d’água.
Afora a gaseificação, também se faz liquefação, partindo da gaseificação que além do arranjo molecular em presença de um catalizador metálico, tem a liquefação por síntese, usada na África do Sul (processo alemão Fischer-Tropsch) e a liquefação por hifdrogenação usada na Inglaterra.
 Na UNICAMP, especialistas estão desenvolvendo um projeto de liquefação por hidrólise, que consiste na hidrogenação do carvão pela injeção de hidrogênio a 800 ºC, para produzir Benzeno, Tolueno e Xileno, até agora extraídos do petróleo.
 Na França, na localidade de Artois, estava sendo desenvolvido um gaseificador (gaseificação “in sito”) que consiste de dois poços de grande profundidade verticais, revestidos de tubos de aço, separador de uma distância de 500 metros, porem ligados por um túnel, atravessando a jazida de carvão, que serve de fornalha, onde uma vez começada a combustão controlada a jazida de carvão, produzem-se CO, CO2 e CH, ajudados por injetores de vapor d’água, exaustores e compressores de gases, sendo a primeira coluna para alimentação e a segunda funcionando como chaminé.
Diante do avanço nessa área, acreditamos que o futuro do carvão mineral, está na gaseificação, por que pode ser realizada nas proximidades das jazidas e o gás passa a ser um combustível nobre, transportado por gasodutos, onde já esteja circulando outros gases combustíveis.  

14    PROCESSO DE PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DO CARVÃO MINERAL


Atualmente, a principal aplicação do carvão mineral no mundo é a geração de energia elétrica por meio de usinas termelétricas. Em segundo lugar vem a aplicação industrial para a geração de calor (energia térmica) necessário aos processos de produção, tais como secagem de produtos, cerâmicas e fabricação de vidros. Um desdobramento natural dessa atividade – e que também tem se expandido – é a co-geração ou utilização do vapor aplicado no processo industrial também para a produção de energia elétrica.Pesquisas envolvendo processos tecnológicos que permitam um maior aproveitamento do poder calorífico do carvão (como a gaseificação) – e simultaneamente a preservação do meio ambiente – têm sido desenvolvidas no mercado internacional. No entanto, o método tradicional, de queima para produção do vapor, continua sendo o mais utilizado.Considerando-se também a preparação e queima do carvão,este processo se dá, em resumo, da seguinte maneira: o carvão é extraído do solo, fragmentado e armazenado em silos para, posteriormente, ser transportado à usina, onde novamente será armazenado. Em seguida, é transformado em pó, o que permitirá melhor aproveitamento térmico ao ser colocado para queima nas fornalhas de caldeiras. O calor liberado por esta queima é transformado em vapor ao ser transferido para a água que circula nos tubos que envolvem a fornalha. A energia térmica (ou calor) contida no vapor é transformada em energia mecânica (ou cinética),que movimentará a turbina do gerador de energia elétrica. Este movimento dá origem à energia elétrica. No caso da co-geração, o processo é similar, porém o vapor, além de gerar energia elétrica, também é extraído para ser utilizado no processo industrial

15    CARVÃO PRÉ LAVADO

É o minério que após sua extração sofre o primeiro beneficiamento, nas "bocas da mina" ficando com menor quantidade de impurezas.
Lavagem do carvão pré-lavado:
O carvão sofre, então, nova lavagem.
Obtém-se as seguintes frações:
1.    28% de carvão metalúrgico (16% de cinzas) - utilizado nas indústrias siderúrgicas como agente redutor na obtenção do ferro.
> 35% de carvão energético (42% de cinzas) - utilizado nas indústrias cimenteiras e nas locomotivas.
>2% de perdas residuais (carvão com elevado teor de cinzas).
> outros 2,5 a 4,5%.

15.1  LAVRA

É o processo de extração do carvão. Pode ser lavra a céu aberto ou lavra subterrânea. 
A lavra a céu aberto é possível quando a camada de carvão está aflorando à superfície. A lavra consiste na remoção da camada estéril (superior), deixando a camada de carvão ao tempo, onde então, extrai-se o carvão mineral.
A lavra subterrânea (mais profunda) é feita através de galerias. Esta extração pode ser manual, semi-mecanizada ou mecanizada,

15.2  PIROLISE DA HULHA

A pirólise (destilação) da hulha é feita sob aquecimento de, aproximadamente, 1000º C e na presença de corrente de ar. Obtém-se quatro frações, sendo uma gasosa, duas líquidas e uma sólida.
- fração gasosa: gás de rua ou gás de iluminação (já serviu para iluminar as ruas e hoje é utilizada na indústria e como combustível doméstico). 
Composição química:  H2  (gás hidrogênio) 50%
 
CH4  (gás metano) 30%
 
outros gases: CO (monóxido de carbono), N2
 (nitrogênio), etc ... 
- fração líquida clara ou águas amoniacais: predomina  NH3  (amônia ou gás amoníaco). É empregada na preparação de fertilizantes (adubos), ácido nítrico, etc..
- fração líquida escura ou alcatrão da hulha: mais densa que a fração líquida clara - águas amoniacais.
Composição química do alcatrão da hulha, depois de sofrer um novo processo de destilação:
- óleo leve: benzeno, tolueno, etc.
- óleo médio: fenol, naftaleno, xilenos, etc.
- óleo pesado: naftaleno, fenóis, etc.
- óleo verde ou de antraceno:  antraceno, fenantreno, etc ...
A finalidade da destilção do alcatrão da hulha é de se obter hidrocarbonetos aromáticos (benzeno, tolueno, naftaleno, antraceno, fenantreno, etc.).
- fração sólida: coque (tipo de carvão poroso) que atua como agente redutor na produção do ferro na indústria siderúrgica e na produção de gasolina sintética. 
Obs.: nas paredes da retorta fica um depósito de carvão utilizado na fabricação de eletrodos, denominado de "carvão de retorta".

16    IMPACTOS AMBIENTAIS E TECNOLOGIAS LIMPAS


O carvão é uma das formas de produção de energia mais agressivas ao meio ambiente. Ainda que sua extração e posterior utilização na produção de energia gere benefícios econômicos (como empregos diretos e indiretos, aumento da demanda por bens e serviços na região e aumento da arrecadação tributária), o processo de produção, da extração até a combustão, provoca significativos impactos socioambientais. A ocupação do solo exigida pela exploração das jazidas, por exemplo, interfere na vida da população, nos recursos hídricos,na flora e fauna locais, ao provocar barulho, poeira e erosão. O transporte gera poluição sonora e afeta o trânsito. O efeito mais severo, porém, é o volume de emissão de gases como o nitrogênio (N) e dióxido de carbono (CO2), também chamado de gás carbônico, provocado pela combustão. Estimativas apontam que o carvão é responsável por entre 30% e 35% do total de emissões de CO2, principal agente do efeito estufa. Considerando-se a atual pressão existente no mundo pela preservação ambiental – principalmente com relação ao efeito estufa e às mudanças climáticas – é possível dizer, portanto, que o futuro da utilização do carvão está diretamente atrelado a investimentos em obras de mitigação e em desenvolvimento de tecnologias limpas (clean coal technologies, ou CCT).
Ao fazer a extração do carvão mineral é encontrado um composto chamado birita, que é jogado nos rios causando um grande impacto, e por conter enxofre quando entra em contado com a água forma ácido sulfúrico (H2SO4).
Uma das formas para poder diminuir a emissão de gás carbônico (CO2) as empresas estão optando por colocar filtros nas chaminés. E em relação aos rios pode se fazer drenagem e o reflorestamento da região afetada.


17    EFEITO ESTUFA

O efeito estufa é um fenômeno natural responsável pelo aquecimento do planeta, sem ele seria impossível haver condições propicias a vida na Terra. Seu objetivo é manter o equilíbrio da temperatura, porém a ação humana tem agravado os resultados e promovendo graves alterações climáticas. Ao passo que o efeito estufa assume uma postura perigosa, ele passa a ganhar o nome de aquecimento global.
A atmosfera precisa reter calor, mas essa camada que fica em torno da Terra está sendo dominada pelos gases como é o caso do CO2 e do metano. Esses poluentes resultam da queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo), recurso que caracteriza o processo de industrialização que o homem tanto priorizou sem levar em conta os danos que seriam causados ao meio ambiente.

Com a elevação da temperatura terrestre, algumas conseqüências já podem ser constadas pelo mundo. As calotas polares estão derretendo, colaborando para a elevação do nível do mar e também para a inundação de cidades litorâneas. O aquecimento global também intensifica os desastres naturais como furacões e tsunami. Alguns biomas serão alterados caso a temperatura terrestre continue aumentando, esse é o caso da Amazônia, a maior reserva de água do mundo corre o risco de se tornar um cerrado. Devido as alterações sofridas pelos habitats, muitas espécies de animais podem entrar em ritmo de extinção.
A população mundial aos poucos começa a tomar consciência do desequilíbrio ecológico, mas é fundamental que os países considerados os mais poluidores (Estados Unidos e China) passem a adotar o desenvolvimento sustentável como uma estratégia de minimizar os efeitos do aquecimento. É necessário que haja também investimentos em fontes de energia renovável e bicombustíveis que sejam capazes de substituir o petróleo.
       18    CONCLUSÃO
Nós concluímos que o carvão mineral é uma das fontes mais abundantes, utilizada na produção de energia. Composto principalmente por carbono (C), existindo vários tipos.
Ele é uma fonte de energia não renovável, e que pode afetar seriamente o meio ambiente. É difícil armazená-lo pela alta quantidade existente. As principais jazidas no Brasil situa-se na região Sul do país.
Aprendemos que o carvão mineral é muito mais complexo do que imagina a maioria das pessoas, contudo, elas deviam estar mais atentas pois muitas pessoas morrem por asfixia com o co2.
Sozinho ele poderia abastecer o mundo por 150 anos.  

19    BIBLIOGRAFIA